21 outubro, 2010

Razão vs Vontade

"O homem só se torna humano na altura de decidir."

Desde que te conheces por gente e todos te metem na categoria de "Homem", não há dia que passe que esperem mais e mais de ti. Por muito que vás mostrando, por muitas capacidades que mostres, uma delas, se não a mais importante é aquela se muitas das vezes não te deixam fazer uso dela, todos os dias uma ou várias novas decisões a tomar e muitas vezes tomam-nas por ti por acharem que não tens capacidades para o fazeres sozinho ou porque têm medo que batas com a cabeça no chão e trepes paredes em consequência de uma má decisão. Se cresceste, se te consideram homem, se a maior capacidade que podes ter é decidir, porquê não te hão-de deixar pensar e decidir por ti? Se a cabeça é tua e as forças também, podes muito bem acabar por a partir no chão de tantas vezes errares, e cair de tantas vezes perderes as forças a meio da tua subida. Tantas vezes hás-de cair que hás-de aprender ou não? Acho que já cheguei a altura em que entrei na categoria de gente, em que posso decidir sozinha, em que as consequências dos meus actos vão acabar por ter uma força que as vai atrair directamente para mim, já cheguei finalmente há altura de decidir, de cair, bater com a cabeça, trepar paredes, explorar segundo os meus métodos que têm tanta lógica como a lógica das palavras, ou seja, não têm lógica nenhuma em especial, sem ser o que realmente me apetece naquele preciso momento em que tenho de decidir...ai razão...ai vontade, mas que guerra enorme constante entre ambas, batalhas e batalhas entre elas onde a razão perde sempre forças para lutar e se deixa vencer pela vontade. Sim, ultimamente tornou-se um pequeno hábito, contigo do meu lado perco a capacidade de raciocínio, só pode ser por me sentir tão bem, os meus pequenos neurónios entram em curto circuito e apagam-se literalmente, só a vontade me comanda, incrível como está se torna tão mais forte que eu, nos momentos em que devia ser precisamente o contrário, onde esta devia adormecer por instantes e deixar os meus pequenos neurónio saltarem que nem pipocas acabadas de fazer , de modo a funcionarem de maneira correcta - de preferência - de maneira a me deixarem tomar as decisões mais certas e que me fizessem mais feliz. Começo a achar que raciocínio e felicidade são palavras que nunca andaram de mão dada, se pensas muito acabas por perder aquilo que tanto querias porque tanto hás-de pensar que quando chegar a altura já passou. Por outro lado, deixas de pensar, deixas-te levar pelo momento, és feliz sim, mas a incerteza de saber se foi só ali naquele instante ou será amanhã e depois, vai sempre permanecer. Enfim, "a vida são dois dias, vive e deixa viver, aproveita cada minuto como se fosse o último, não deixes para amanhã o que podes fazer hoje", começo a gostar de pequenas expressões como estas, começo a agir de acordo com elas. Deixei que a minha vontade ganhasse à minha razão? Pouco importa, a felicidade é que conta. Será sempre assim? Ninguém sabe. Só quero uma coisa, ficar do teu lado, não para sempre, mas enquanto a vida nos unir. És do pouco que tenho, o muito que não quero perder. Um dia fico tão habituada há tua presença que nunca mais te deixo ir.

" ! - Só tu me fazes sorrir assim.
  !! - Olha quem fala.
  ! - Sim? Estavas feliz?
  !! - Sim."

Ps: Eu também, acredita . Se tu sorris, eu sorrio (L')

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