Escusas de vir a correr cheio de pressa. Escusas de pensar que vais chegar e entrar sem pedir autorização como um furação que invade algum lugar sem pré-aviso. Escusas de imaginar que vens tens e vais embora satisfeito da vida, como se nada fosse. Podes vir, mas vais esperar o tempo que eu precisar, vais andar passo a passo, muito devagar e suavemente, vais conquistar tudo a pouco e pouco. Porque o que é verdadeiro leva tempo, não muito nem pouco mas o necessário. E aviso já que vai demorar, a armadura de ferro que criei em auto defesa é bastante difícil de corroer. Vies-te, abri-te a porta, agora a afeição cresceu devagar devagarinho, mas cresceu. Está enorme, mais do que queria e menos do que esperava. Envolveste-me num enorme temporal de emoções, derrobaste-me com as tuas rajadas de carinho, arrastaste-me com a intensa chuva de cumplicidades por caminhos onde não entraria, congelaste-me com o frio enorme envolvido no calor intenso do toque da tua mão na minha, esmagaste-me suavemente com a força protectora da envolvência do teu abraço. Gosto mais que muito do que nasceu. Gosto mais ainda do que ainda está para nascer. Sim, porque se podemos mais do que imaginamos, eu imagino muita coisa, se posso ter mais que isso, hei-de ser a pessoa mais feliz do mundo. Vies-te para ficar, espero. Eu quero que assim seja. Mas, desde já digo que se por algum motivo magoares o que foi crescendo e arranhares a imagem que criei, vais...mas vais mais depressa do que chegas-te. E não, não voltas .
Ps: I really like you.