19 agosto, 2011

And if I'm wrong?...

Porque é que não vais de uma vez por todas? Sempre vais, levas mais um bocadinho de mim. Sempre que te afasto, levas-me tudo. Passei dias e dias a teu lado como se o mundo fosse acabar de um momento para o outro. Se isso de facto acontecesse, eu tenho certeza que ele me engoliria também, mas eu ia feliz. O mundo não acabou mas o buraco gigante debaixo dos meus pés vai-me engolindo sempre que me escapas mais um bocadinho, por muito perto que estejas. Quero-te tão longe e tão perto ao mesmo tempo. Se estás não podemos, se vais eu quero.  Funcionas na minha vida como um furação que me derruba, com a velocidade desmedida dos teus impulsos. Como o calor de verão que me vem aquecer nas noites de Inverno. Como o silêncio ensurdecedor que me aconchega com cada silaba não divulgada, como se dois enormes braços se tratasse. Vives em mim como eu no mundo. Tornaste-te no meu mundo - ou pelo pelo menos, numa parte significativa dele. Só te detesto por me fazeres gostar tanto de ti e apaixonar-me mais a cada dia. Ninguém disse que ia ser fácil, mas esqueceram-se de me dizer que seria tão difícil. Passou um ano de momentos partilhados por nós, de manhãs tardes e noites passadas das mais variadas maneiras. Passaram dias carregados das mais belas coisas e outros tantos carregados das piores. Fizeste-me chorar de tanto rir e chorar de tanto te querer e não te ter, tendo-te ao mesmo tempo. Contigo esqueci o certo e o errado passando a existir o: viver tudo de todas as maneiras. . Fizeste-me conhecer a felicidade de perto e tratá-la por tu, mas ainda assim fizeste-me não querer ouvir falar nela pelo peso das lágrimas que junto com ela vinham sorrateiramente para atacarem que nem lobos atacam suas presas. Deixaste-me acreditar em ilusões e fizeste de muitas ilusões a realidade. Deste-me um copo do teu amor mais puro e uma garrafa do teu maior veneno. Fizeste-me renascer e mandaste-me de novo para as cinzas. Mas e então, o amor e espécies derivadas dele mesmo são isso, rosas cheias de espinhos e campos minados que nos consomem e nos voltam a reconstruir com o que de têm de melhor. Cada melhor desses, vale por mil piores que possam ter existido anteriormente. Cada sorriso lançado inconscientemente a teu lado vale por cada lágrima sentida que já correu, por cada dia de incerteza. Ainda assim, as forças não duram sempre e as minhas estão cada vez mais em baixo. A tua energia já não recarrega as minhas baterias. E o teu amor  já não chega para alimentar o meu. Hoje quero que vás mais do que nunca, não por mim, mas por nós. Mas em simultâneo não tenho coragem para te deixar ir, tudo vai ser em vão se assim for, desde cada pecado perdido no tempo a cada tempo perdido no pecado, desde cada momento realizado neste mundo e cada mundo realizado naquele momento. Já construímos tanto, não consigo acabar com tudo e muito menos deixar a meio a melhor de todas as obras. O fácil deixaria-me ter-te neste preciso instante, o difícil quer que eu te deseje mais e mais.  És o tudo do nada e o nada do tudo. Quando te olho nos olhos, quando me abraças como se não houvesse amanhã, quando me tocas com a delicadeza de um bocado de seda , esqueço-me dos impedimentos e perco-me em ti. Perco-me no calor da nossa paixão e entrego-me de braços aberto ao que menos devia querer prender em mim. Eu quero mas não consigo deixar-te, o desejo de te ter consome o mais ínfimo do meu ser .

...I don't want to lose you forever ! 

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