Final de tarde de Agosto, vou à janela por me encontrar a ouvir qualquer coisa a bater na janela, aquele som não me é estranho quando vejo do que se trata chego à conclusão do porquê de o reconhecer é a chuva a cair lá fora...é normal ouvi-la nos dias e noites de Inverno não nesta altura. De repente , só me vem à cabeça o que é costume nessa altura : os pijamas quentes, os cobertores, o café com leite bem quente, o estar no sofá com o aquecedor ligado quando o ideal seria a bela da lareira para poder ver as chamas a mexerem-se com os seus tons quentes, aquecendo todo aquele espaço em seu redor. De um momento para o outro as ruas que se encontravam cheias de gente com roupas frescas, próprias para os tão esperados dias quentes de Verão, são substituídas pelo vazio...as ruas estão desertas , todos desapareceram, os poucos que ainda se passeiam por elas ou se encontram á procura de abrigo ou seguem as suas rotinas mas sempre acompanhados do tradicional objecto característico do rigoroso Inverno : o chapéu de chuva. O céu que era azul passou a cinzento, o cheirinho ao fim das tardes frescas de Verão é totalmente substituído pelo tão familiar cheiro a terra molhada...sim, é nestes dias que chego à conclusão de que é possível gostar do Inverno, da chuva, das noites frias...e sentir saudades de tudo o que isso implica!
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