18 novembro, 2010

A noite é escura, mas...

Uma das perguntas que é frequente, entre muitas outras, na tão chamada idade dos "porquês": porque é que a noite é escura? Boa pergunta, uma grande pergunta, disparatada para muitos, inteligente e susceptível de ser estudada para outros tantos, sim é verdade, é um dos grandes temas explorados por muitos cientistas, são teorias e teorias, cada uma com as suas conclusões...já li algumas e sinceramente não cheguei a conclusão nenhuma, secalhar por ter acabado Humanidades e terem-me dado um livro cheio de teorias cientificas para tudo e mais alguma coisa, olho para aquilo e não vejo nada. Sinceramente, vejo muito mais num quadrado completamente escuro, ou de olhos fechados ou até numa noite sem estrelas , do que naquele calhamaço cheio de páginas que vai ficar imobilizado na prateleira da minha secretária, pelo menos enquanto não o mudar de sítio para uma gaveta ou um armário, de modo a que fique bem mais escondido.
Voltando, ao que realmente interessa, até eu gostava de saber porque é que a noite é escura, será pelo dia ser claro, e ambos formarem um ciclo vicioso entre si, acabando um, iniciando-se outro dia após dia, noite após noite? Eu gosto da noite, gosto mesmo, é escura? pouco importa, é nela que vejo as coisas mais incríveis e esplendorosas. Vamos a ver, quando é que a noite começa? depois de um pôr do sol naturalmente magnífico,seja lá visto de onde for. Já vi na noite estrelas a brilhar, umas vezes mais outras menos, a lua a mostrar-se dominante num espaço que anteriormente era dominado pelo radioso sol, governando no ar e reflectindo-se no mar, já senti o vento frio na cara que me fez tremer dos pés à cabeça e já senti a brisa fresca de verão que me refrescou, já tive medo e senti conforto, já realizei sonhos desejados há muito tempo, já me senti livre o suficiente para esquecer todo o resto à minha volta, já senti o medo do desconhecido e o conforto e protecção daquele abraço quente, já chorei de tanto rir e já ri de tanto chorar, já fui e fiz alguém feliz. E de tanto ver e ser vista, já reparei que é nos dias em que estou mais feliz, que a noite se torna brilhante, cheia de razões para abrir a janela e observar toda a luminosidade natural das estrelas a entrar por este pequeno espaço onde me encontro e simplesmente iluminá-lo. Mas por outro lado, é nos dias que estou mais triste que a noite fica mais escura, sem vida. E nesses dias posso ter vontade de fechar a janela e fugir numa corrida sem fim, mas não o faço e porquê? Porque a estrela mais brilhante, brilha na noite mais escura.

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